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Robinson Crusoé`s Island

Frase de garrafa:
Zico é meu guia e nada me faltará!
Sabedoria rubro-negra

AINDA SOBRE O NILTON SANTOS...
(pra ser lida após o texto aí de cima)

por Marcelo Dias (editor interino)
diasmarcelo@hotmail.com

Ah, saudades de 1982, daquela seleção brasileira mágica, que tantos dizem ter sido melhor do que a de 1970, exceto por um detalhe: não foi campeã. Tempos esses que não voltam para revivermos o carrossel holandês de 1974/78; a Alemanha de Beckembauer, roubada em 1966, guerreira em 70 e triunfante em 74; o Brasil de Pelé (1958/62/70); a Hungria de Puskas (1954); o Santos e o Botafogo das décadas de 1950/60; e o Flamengo de Zico, que encantou o mundo em 1981 e papou todos os títulos possíveis entre 1979 e 1982.

Quanta diferença! Eu me lembro bem de, quando pequeno, perguntar ao meu pai não o placar dos jogos do Flamengo, que eu já sabia estar vencendo, mas quantos gols Zico e Nunes haviam feito. Morava no Maracanã, bairro que dá nome ao estádio Mário Filho, e estudava na Escola Porto Seguro, bem em frente ao Maior do Mundo. Nossa! Era uma beleza quando as salas de aula tremiam quando as torcidas vibravam lá. Parecia que o mundo ia cair todo numa só festa.

A Praça Niterói, em frente ao edifício Rejane, onde morei até os 9 anos, ficava apinhada de carros estacionados ali. Tempos bons aqueles, em que flanelinhas ainda eram o pesadelo inimaginável nesses tempos de 17% de desemprego.

Hoje, não moro mais ali. Estou no Grajaú. Raramente vejo os jogos do meu time in loco para não me decepcionar com Maurinho vestindo a camisa que já foi de Leandro, por exemplo. Adiar um programa para ver o Flamengo jogar pela televisão? Nem pensar.

Tive sorte de crescer vendo a última geração brilhante do futebol brasileiro (Sócrates, Falcão, Cerezo, Júnior, Andrade, Leandro, Zico, Roberto Dinamite). Alguém aí vai gritar Romário. Claro, o Baixinho joga muito e teria vaga no time de 82, mas ele é a exceção à regra, assim como foram Taffarel, Dunga, Jorginho e Bebeto. Essa lista teria ainda o nome de Geovani, aquele baixinho capixaba que explodiu no Vasco junto com Romário, arrebentou nas Olimpíadas de Seul e que se entorpeceu pelo sucesso com a bola.

Quem realmente se empolgou com aquela seleçãozinha chinfrim de 1994? O pior é que foi a garotada que viu o tetra quem votou em Roberrrrrrrrto Carrrrrrrrlos porque não tinha um referencial. Quem ameça a posição dele? Ninguém. E tem sido assim há anos. É normal que, para eles, Roberrrrrrrrrto Carrrrrrrrrlos seja o maioral. Quem vê os comerciais da Nike não tem a menor dúvida disso. Aliás, abro um parêntese aqui: que comerciais sensacionais! O da prisão é espetacular e o do navio, uma antevisão do que aconteceria com Figo.

Esse tipo de seleção, a dos maiores de todos os tempos, jamais poderia ter sido entregue a torcedores, mas sim a craques renomados do futebol, técnicos consagrados, comentaristas e jornalistas respeitados. E agora? Como remediar o mal feito? Roberrrrrrto Carrrrrrlos vai falar para sempre que é o maior lateral-esquerdo da História. E com que cara vai ficar o Nilton Santos? Brincadeira!

Robinson Crusoé's Island©2002, All rights reserved. Se você chegou até aqui, sabe-se lá como, seja bem-vindo à minha ilhota perdida no meio deste oceano cibernáutico chamado internet.

Sou carioca, jornalista, flamenguista e meio maluco das idéias. O Robinson Crusoé não está no momento. Foi passear com o Sexta-Feira e não voltou ainda. Achei meio esquisito, mas achei melhor perguntar nada... Aqui, você verá de tudo: futebol, política, atualidades, sacanagem e, sobretudo, etc. Aproveite sua estada e volte sempre! Au revoir!