DUDU FRANÇA RESSUSCITA TRANSFORMADO EM JABBA
Marcelo Dias


Mantendo o clima oitentista... Disparo o controle remoto da TV em todas as direções. Caiu na Record, no "Note e anote", daquela apresentadora lourinha. É uma discussão sobre prostituição infantil. Estão na mesa Rita Cadillac (ninguém mais apropriado), Sidney Magal, um promotor de Justiça e uma sei-lá-o-quê.

Quando menos se espera, você se depara com aquela mulher cheia de buracos na bunda, que já declarou querer se enterrada de quina pra lua, ruiva (!) e de lacinho verde e amarelo no cabelo. Ao lado de Rita (que posará pelada de novo - não sei quem é mais louco, se quem compra uma revista dessas ou quem a publica), Sidney Magal. Gente, o que é o Magal hoje? Gordo, inchado e vivendo na Bahia! Irreconhecível. Parecia o Jabba, aquele monstro gosmento que manda congelar o Hans Solo (Harrison Ford) em "Guerra nas estrelas".

Falando no Jabba, outro que está a sua cara é o Dudu França. Lembra dele? É o cantor dos cabelos cacheados que vivia no antigo Qual é a música? e tinha um programa musical. Tá uma baleia de gordo! O sujeito estava no Jô Soares semana passada e virou crente. Hoje, vive de jingles, shows particulares e lançou um CD gospel.

Troco de canal e encontro Leda Nagle no Sem Censura. A própria merecia uma estátua naquele museu de cera famoso (fica na Inglaterra ou na França?). O assunto é Copa do Mundo e, debatendo a vitória do Brasil sobre a Inglaterra, estão Renato Portaluppi, vulgo Renato Gaúcho, e Paulo Emílio, técnico que passou por todos os times cariocas na década retrasada. Como flamenguista, tenho muito a agradecer ao Renato, pelo golaço que marcou contra o Atlético Mineiro, nas semifinais da Copa União, em 1987. O Galo estava invicto e aquele jogo abriu caminho para o tetracampeonato brasileiro. Bons tempos aqueles, quando o Flamengo tinha um time de verdade: Zé Carlos; Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo; Andrade, Ailton, Zico, Zinho; Renato e Bebeto.

Vou parar de ver televisão à tarde para não me sentir mais velho...