O ESTILINGUE DO BEIRA-MAR
por Marcelo Dias (editor interino)
diasmarcelo@hotmail.com
E o Beira-Mar, hein? Negociando mísseis Stinger, parecia até aquele rato do desenho, o Cérebro, que está sempre a bolar um plano para dominar o mundo, com seu parceiro Pinky. Mas, peraí! Vocês não acreditaram nesse caô, né? O tal do Rubinho, o atravessador capaz de matar James Bond de inveja com seus aparelhinhos que só terroristas do Líbano têm, é uma farsa completa!
Aliás, belo trio aquele: Fernandinho, Chapolim e Rubinho. O Chapolim mal sabia pronunciar Stinger. Disse Sting. O Rubinho deve ter entendido estilingue e só sacou o que era quando o outro mané falou da Al-Qaeda. Mesmo assim, se saiu com uma resposta pra lá de evasiva: "Ah, sei, vou ver". Vai nada! O cara vai é trazer muamba paraguaia, isso sim!
Os tais Stinger que os jornais se fartaram em manchetar eram lança-rojões, como os que já existem nas maiores favelas cariocas, só que mais moderno. Míssil, gente boa, é um troço grande pra burro, capaz de percorrer distâncias continentais com ogivas nucleares no bico. O brinquedinho encomendado pelo Beira-Mar sobe no máximo 40 metros. O pior é que a galera sabia disso, mas a manchete era irresistível: Beira-Mar negociava compra de míssil. Creio que foi um tiro n`água da galera, que só aumentou de graça a fama desse imbecil.