CENA CARIOCA

Varela. Armando Varela. Guarde bem esse nome. Esse homem merece uma estátua em praça pública no Rio. Eis o porquê. O operário sueco Jan Hedlund chegou à Cidade Maravilhosa terça-feira e acha que a polícia carioca é uma das melhores do mundo. Louco? Nem tanto. O cara estava deitado na Praia de Copacabana, relaxadão, dando o maior mole pros pivetes e quando se deu conta, haviam lhe roubado uma mochila com câmera fotográfica, roupas, R$ 50, US$ 20 e um relógio Rolex. Reparem bem, havia um Rolex no raio da sacola que nem etiqueta tinha sobre o dono, onde estava hospedado, nada.

Ok. Jan foi à Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat). Duas horas depois, o cara recuperou tudo! Eram dois os meliantes, já manjados na área. Só que dessa vez, dois policiais do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas desconfiaram dos ladrões, que tentaram fugir. Na delegacia, o flagrante só poderia ser registrado com a presença da vítima. É aí que entra em cena o inspetor Armando Varela, 48 anos de idade, 16 de polícia, quatro deles na Deat. Varela simplesmente resolveu telefonar para TODOS os hotéis de Copacabana até achar Jan.

Cuméquié? O mané do policial ligou para todos os hotéis? Tá maluco! Tô não. E digo mais: no segundo telefonema, o cara localizou o sueco no Majestic Hotel. O gerente, Mozart Nepomuceno, ficou surpreso com o telefonema. "Em 15 anos de hotelaria, levei diversos hóspedes assaltados à delegacia. Mas nunca tinha visto um policial fazer isso", espantou-se. "Nunca pensei que fosse encontrar minha mochila. Afinal, o que é uma pequena bolsa diante dos problemas da polícia daqui?", agradeceu mais surpreso ainda o próprio Jan.

Mais do que nunca, cantem! Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil...

Fala Keu Teskuto, merrrrrrrrrrrrmão!