BEBETO, O INACABÁVEL
E o Bebetinho, hein? Como diria aquele locutor, é inesgotável. O velho e bom chorão não merecia esse ter um final de carreira como este. Ele praticamente implorou um lugar para jogar, depois de oito meses parado. Bebeto estreou como profissional no Mengão, em 1983, na campanha do tricampeonato brasileiro, ainda como reserva. Em 1986, já brilhava no comando do ataque rubro-negro na conquista do campeonato estadual. No ano seguinte, erguia a taça do tetracampeonato brasileiro. Depois, cuspiu no prato que comeu e foi pro Vasco, onde continuou colecionando títulos, levando o Brasileirão de 1989.
Depois, veio o La Coruña, da Espanha, onde foi ídolo. Mas repetiu por lá um velho defeito que exibia por aqui. Cai-cai, amarelou numa cobrança de penalty que valeria o inédito título espanhol ao clube. Ele não bateu, deixando a responsabilidade para um colega, que perdeu e o Barcelona foi campeão. Em 1996, a carreira do tetracampeão mundial degringolou. Veio para o Flamengo, onde ficou dois meses. Voltou para a Espanha, para o Sevilha. O time era horrível e ele voltou de novo para jogar no Botafogo. Até que foi bem e salvou a Estrela Solitária de pagar mico naquele campeonato brasileiro.
Em seguida, retornou à Bahia para jogar pelo Vitória, time que o revelara. Durou pouco tempo lá devido a contusões. Encostado, veio para o Vasco, onde disputou oito partidas no ano passado, como reserva de luxo, marcando dois gols. Parou oito meses e agora volta como reserva de luxo no clube de São Januário. Tomara que o Bebetinho se dê bem. O cara é gente boa e merece um final de carreira à altura de suas glórias.
Bebeto de volta ao batente: em busca de um fim digno
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