FRIENDS WILL BE FRIENDS
Sábios versos esses, cantados pelo Queen no vozeirão de Freddie Mercury. Muita gente gosta de relembrar os tempos de faculdade. Para mim, esta é uma página negra riscada e rasgada da minha vida. Prefiro ficar com as lembranças do Colégio Pedro II, o velho CPII, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Foram seis anos maravilhosos, de 1986 a 1992. Em dezembro, a galera se reúne novamente para comemorar dez anos de formatura da 156ª Turma desse colégio fundado há 165 anos, a 2 de dezembro de 1837. Enquanto a festa não chega, o pessoal vai se reunindo vez ou outra. Eu, que já estava distante da galera há muito tempo, pude rever neste sábado uma galera que já não via há dez anos.
Gente como a Adriana, por exemplo, que já tem até filha, Rafaela, que, mesmo com 5 aninhos, já apronta como gente grande. Outra que revi foi a Daniela da 3 (ou será que era da 5?), devidamente casada, assim como a Ana Cláudia, já desfilando como uma simpática barriguinha de futura mamãe. Érica era outra que já não via há milênios. Surpresa mesmo foi rever o Franklin, o velho Coruja, com sua futura senhora, também dentista. Rafael tb deu as caras por lá. Figuraça. Essa turma toda apareceu no aniversário da Bárbara, na Cobal do Leblon. Falei em criança e não poderia deixar de falar na fofíssima Nicole, filha da Daniele e do Walfrer.
Cada um foi para um lado. Tem delegado jornalista, engenheiro, advogado, dentista e economista. Tem até dublê de diretor de fotografia, caso da Daniela. Aliás, falando nisso, pintou até um fotógrafo do IG. A foto estaí embaixo, disponível para o mundo inteiro. O tempo me maltratou um pouco (com uma certa contribuição minha...). Os cabelos andaram praticando queda livre e a balança não é mais minha amiga e está difícil de fazer as pazes, apesar dos esforços da Simone, minha namorada. Aliás, Rafael também está com o mesmo problema... As meninas continuam (praticamente) as mesmas.
No colégio, a gente colava muito. Subíamos no quadro-negro para escrever as colas a giz nas bordas dele, na parede, no teto, no ventilador e até no chão. Com o lápis, escrevíamos no tampo das mesas e na cadeira da frente. Eu particulamente preferia esconder as minhas por dentro da etiqueta do meu estojo da K&K. Tinha até o fantástico telégrafo, invenção minha, que era infalível em provas de múltipla escolha. Consistia em juntar os pés de quem está sentado à frente com o de trás. Um pede a cola da pergunta tal cutucando o pé do outro tantas vezes forem o número da questão. A resposta vinha conforme a letra. Nunca falhou!
Teve uma vez que pusemos a cola dentro de uma caneta, que rodou meia sala, até chegar às mãos da Bárbara. Só que a sala esvaziou e havia fiscais lá dentro (o rigor sempre foi uma marca do Pedro II) e ela não pôde passar pra Daniele, que ficou no maior perrengue. E o tempo passando e nada. Até que o Gustavo teve a "brilhante" idéia de gritar as respotas certas lá do corredor (o gabarito já estava pronto e fixado nas paredes). Foi hilário! O colégio todo ouviu!
Bons tempos...
Da Cobal do Leblon direto para o túnel do tempo: Bárbara (esq), eu e Daniela
Fala Keu Teskuto!