FALANDO SÉRIO
Essa festinha que rolou na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo está correndo o mundo. Pudera. Tem foto de mulher pagando boquete, sendo enrabada, comida, bolinada, peitos de fora, piroca, tudo. Claro que desperta a curiosidade das pessoas. O ser humano tem um lado negro escondido, onde se encontra, por exemplo, o voyeurismo (no caso, cibernético). Acho ótimo que todos façam o que bem entender da vida, que sejamos bem-resolvidos na vida, na cama, no trabalho, na família, nas finanças. Agora, outra coisa bem diferente é confundir liberdade sexual com libertinagem.
Uma garota chegar e trepar com o primeiro que aparece na frente (ou o contrário), num quartinho que é cercado apenas de ripas de madeira, finas, no meio de uma festa, para mim é vagabundagem. A mulher tem que se respeitar, tem que se valorizar. E não é dando a boceta e o cu e pagando boquete a torto e a direito que irá impor respeito ou fazer valer a tal da liberdade sexual.
Quando se diz que as mulheres se libertaram, com a célebre imagem dos sutiãs queimados em praça pública, quer se dizer muito mais do que transar com pílula, camisinha, tabelinha ou qualquer outro meio pelo qual ela possa se satisfazer e não ser mais reprimida. Aquele gesto representou um grito de liberdade, um basta à submissão imposta por uma sociedade machista. Foi um marco na História.
Sexo é uma coisa, putaria outra. O que se viu na FGV/SP foi putaria mesmo. Uma reunião de boqueteiras e vadias que encontraram umas pirocas de plantão dispostas a tudo. Digo mais: era um bando de patricinhas, filhinhas de papai acostumadas a tudo fácil, ali na hora, na mão, com dinheiro a gastar a rodo e tremendas vagabundas. Algumas até se aproveitam disso e transformam o corpo num negócio para ganhar dinheiro, unindo o útil ao agradável.
E para encerrar: a diferença entre aquelas garotas flagradas na FGV e milhares de outras mundo afora e as prostituas é a seguinte: as prostitutas cobram.