PINTOR DO MAL
Tá precisando dar uma guaribada na pintura do carro? Seu problema acabou. É só ir a Vigário Geral e procurar o seu Elias, que ele dá um jeito. A tinta preferida dele é o vermelho. Vermelho sangue. "Traficante, eu? `Magina! Eu sou pintor de carro". Não é que o tal do Elias Maluco teve a cara de pau de dizer em depoimento que não era traficante, que não conhecia nenhum de seus amiguinhos facínoras e que é pintor de carros? Realmente, ele pintou... pintou o sete. Quando foi preso, o filho da puta disse o seguinte para os policiais: "Perdi, chefe. Só não esculacha, não". Quer dizer que espancar, torturar, balear, esquartejar, matar e queimar o corpo numa pilha de pneus pode, né?
Aliás, ele deve ganhar a vida também como piadista. O sujeito disse que estava no Complexo do Alemão sim, na casa de uma amante, mas não explicou o que fazia escondido na casa dos velhinhos em que foi preso. O mané contou que vivia de biscate, mas não sabia dizer para quem trabalhava. Depois, mudou a história, dizendo que vendia frutas em sinais de trânsito, na Barra da Tijuca. Foi além e contou que morava numa casa alugada, mas não sabe quem é o proprietário. Brincadeira! Tem que enfiar um cabo de vassoura no cu dele para recuperar a memória. Depois, como diz minha mãe, esquartejá-lo também, como fez com o Tim Lopes.
Agora, ele está no Batalhão de Choque, residência temporária de Fernandinho Beira-Mar e outros cascas-grossas do Rio. Aliás, estão mandando todos os bandidões pra lá. Só falta despachar o Hildebrando Paschoal, o homem da motosserra, e o juiz Nicolalau pra lá também. Aí, a quadrilha fica completa.
Elias Maluco escoltado por policiais civis no Rio