POLÍTICA E RELIGIÃO
Não bastando o merda do Anthony Garotinho e dessa quadrilha de pastores não mais satisfeitos em enganar o povo nas igrejas, surgem mais e mais exemplos de como política e religião não devem se misturar. No Rio, tem um idiota que se autodenomina Ó Clemente, assim mesmo, sem a vírgula obrigatória em chamativos. Esse infeliz é candidato a deputado estadual pelo PHS e instalou num outdoor na Avenida Presidente Vargas, no Centro, os seguintes dizeres: "Primeiro eles chutaram as santas. Depois vão chutar os católicos. Acordem católicos". Não sou evangélico, mas, em tempos bicudos em que se pede paz, o que esse bosta propõe é exatamente o contrário.
Outra porção exótica destas eleições vem do PPS, sigla que surgiu a partir de uma dissidência do PCB, o velho Partidão. O próprio PPS é hoje um abrigo exótico para políticos de todas as espécies. A começar por seu candidato à presidência, Ciro Gomes, que começou na política no antigo PDS, sigla que sucedeu a Arena, partido que dava sustentação à ditadura. O PPS também conta com a simpatia de gente do PFL, outro partido recheado de gente que estava ao lados dos generais carniceiros, como o ACM. Isso tudo num partido que é, ou deveria ser, comunista.
Pois bem. Dizem que comunista é ateu, que duvida da existência de Deus, mas no Rio, há uma pastora, a pastora Márcia, candidata a deputada estadual pelo PPS. Como dá voltas esse mundo... A cada dia que passa, fico mais tonto.
Fala Keu Teskuto!