Achei este poema-convocação no site do
Movimento Rosinha Não!. Foi escrito por Charles Miranda entre um gole e outro de cerveja, suponho eu, no Bracarense, tradicional reduto da boemia carioca, no Leblon.
Que o mar se enfureça
E que as ondas subam ao céu
E que este, encharcado,
Caia sobre meu chapéu
E que o sol se torne verde
E o vento rasgue o chão
Tudo pode acontecer;
Tudo - Rosinha não
Pode o tal de Beira-Mar
Ingressar no seminário
Pode a Roberta Close
Voltar pra dentro do armário
E seu grito estilhaçar
As vidraças da vizinha.
Tudo pode acontecer;
Tudo - menos Rosinha
Que uma bomba estoure agora
E uma outra logo após;
E que o tal de Antônio Ermírio
Doe a fortuna pra nós,
E que a gente gaste tudo
Em projetos de pagode.
Tudo pode; o que não pode
É o povo fluminense
Dar preferência ao non-sense
Elegendo essa fera
Tão chinfrim, tão rastaqüera,
De hirsutas sobrancelhas,
Penteado a ancinho
E buço vasto e hostil.
Que será de nosso Rio?
Eu peço reflexão:
Nessa droga de eleição,
Para o bem dessa cidade,
Desse estado e da nação,
Exijo: ROSINHA NAAAAAÃO!!