O RATO E A BARATA
Essa é pra rolar de rir. Celsinho da Vila Vintém, o sanguinário traficante da Zona Oeste do Rio de Janeiro, o cara que riu da cara de todo mundo zombando de sua prisão, o mesmo que já fugiu da cadeia fantasiado de policial e que tinha meio batalhão de Bangu dando-lhe proteção, quem diria, tem medo de barata.
Pois é. O cara agora resolveu reclamar que a cela onde está preso, no Batalhão de Policiamento do Interior, em Niterói, está infestado de insetos cascudos. Fala sério! E também está chiando das revistas íntimas em suas advogadas e na sua filha. Para quem não sabe, entrar com telefones celulares escondidos na vagina é hábito nas cadeias cariocas. O problema é se estiver ligado e no vibrador... Logo ele, que deve ter cansado de brincar (sim, um dia ele foi criança) de pegar um estojo, um tênis de um colega e jogar para outros gritando: O que a barata faz? Voa!
Isso me lembra até daquela música do finado Inimigos do Rei, "Kafka". Era mais ou menos assim:
Encontrei uma barata no chuveiro
Eu olhei pra ela, ela olhou pra mim
Ofereci a ela um pedaço de pudim
E o curiso foi que ela disse sim
Se o Celsinho conhece a música, é só aplicar seus conhecimentos e subornar a barata, como fazia (será que ainda faz?) com os agentes penitenciários.