A democracia de George WC Bush
Os EUA são um país interessante, diria até mesmo singular. A começar pelo nome, um dos poucos no mundo pronciado no plural. A cada esquina, há um louco em potencial, ex-combatente do Vietnã e disposto a largar o dedo em cima dos 15 primeiros que encontrar numa lanchonete ou numa escola. Com alguma sorte, o turista acidental pode até mesmo ser confundido com um terrorista ou topar com um presidente tresloucado, caso de George WC Bush.
O homem quer passar para a História - como já declarou - promovendo a paz mundial. Para isso, criou uma política própria, praticamente uma filosofia de vida. Para ele, o valor da democracia é muito superior ao da soberania. Sendo assim, qualquer país que tenha um tirano como chefe de governo poderá ser atacado, invadido e devastado pelos ianques. Na ótica de WC Bush, um os EUA têm o direito de intervir em outra nação caso julgue que a democracia ali está em risco. Ou, nas entrelinhas: um mané que estiver na presidência resolver matar uns 500 mil compatriotas corre sério risco de estar entre nós. Isso, claro, desde que não atenda aos interesses de Washington, que apoiou o Iraque na guerra contra os fundamentalistas islâmicos do Irã. A recompensa no final do arco-íris é a segunda maior reserva de petróleo do mundo. Nada mal. Viram como vale a pena a democracia? Pelo menos para os EUA, vale. E muito.