Satélite vigia mulheres que traem maridos
As dondocas paulistas que adoram pular a cerca acometidas por uma coceira na xonga, começam a ficar com outra, provocada pela pulga atrás da orelha. Hoje, em cada cem carros dotados de equipamentos de rastreamento por radar (GPS) — por medo de seqüestros, roubos, enfim, devido à violência — um se presta a mulheres cujos maridos suspeitam traí-los. Claro que deve ter mulher que rastreia o marido também, mas essas engenhocas são caras e, geralmente, quem as adota são empresários. Segundo o gerente de marketing da Graber Sistema de Rastreamento, Robson Talarico, a frota de veículos devidamente rastreados por problemas de infidelidade já chega 3.500. Ao todo, estima-se que circulam pelo país 50 mil automóveis equipados com GPS, 70% em São Paulo.
Hoje, um aparelho desses não sai por menos de R$ 2.400 e é usado por quem tem carros com apólices de seguro caras, no que implica nas seguintes vantagens: a seguradora, por ver o risco de furto/roubo reduzido, concede um desconto para assegurá-lo; e quem o tem pode dispensar o seguro porque é fácil de rastrear o carro. Dependendo de quem o fornece, o satélite localiza o automóvel em todo o Mercosul. Agora, numa dessas, o camarada pega a mulher no motel ou até com a boca na botija no próprio carro...