Ascenção e queda
Da série ascenção e queda, tão corriqueira na Gávea. Tido como maior revelação do Flamengo nestes últimos três anos, o meia Felipe Mello foi dispensado pelo técnico Nelsinho Baptista. Felipe subiu dos juniores com fama de jogador de estilo clássico. Tinha tudo para ser um novo Andrade (não tão bom quanto, que já seria pedir demais). No campeonato brasileiro de 2000, fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Internacional que livrou o Mengão da segunda divisão, na última rodada. Depois, chegou às seleções de base e aí apareceu a máscara do garoto, com atuações muito abaixo da crítica, a ponto de não conseguir tomar a posição do limitadíssimo botineiro Jorginho — outro defenestrado por Nelsinho.
Nessa barca, foram também o lateral-direito Edson, outro garoto de 20 anos, que nunca aproveitou as poucas chances que teve no time pra barrar Alessandro, um meio-campo improvisado ali. A lista se completa com outro meio-campista, Fabiano Cabral, que acertou contrato de três meses com um clube árabe, e o zagueiro Tiago. Agora, mesmo mascarado, Felipe Mello ainda é (muito) melhor do que o Paulo Miranda, que esquentava o banco no Cruzeiro.
Mas na Gávea é assim mesmo. Vide a lista: Djalminha, Marcelinho, Paulo Nunes, Júnior Baiano, Marquinhos, todos vendidos na farra dos anos 90. Juntos, formariam uma seleção brasileira, um esquadrão alguns furos abaixo do formado por Zico e cia.
Felipe Mello: barrado no baile