A cuzada de morte
Aconteceu em Salvador. A polícia está à procura de dois homens acusados de terem assassinado, na noite de terça-feira, a estudante de jornalismo Josiane Mamédio Santos, de 23 anos, e ferido a colega dela, a comerciaria Nadja Silva Lemos, de 24. O crime aconteceu na Praia do Forte, a 50 quilômetros de Salvador. Josiane foi enterrada hoje no município de Gandu, onde residem seus familiares. Falando com dificuldades logo após ser socorrida, Nadja revelou que tudo começou numa sala de bate-papo na internet, onde ela conheceu um rapaz que se identificou como Emerson Santos, ex-sargento da Polícia Militar.
Eles marcaram um encontro no estacionamento de um shopping da capital ao qual Nadja foi acompanhada por Josiane e o rapaz, por outro colega, ainda não identificado. Elas entraram no carro dele e seguiram para a Avenida Paralela, onde as duas residiam. No meio do caminho, porém, o suposto ex-sargento mudou de idéia e decidiu seguir pela Estrada do Côco até a entrada da Praia do Forte, onde parou o carro numa estrada de barro deserta. Lá, ele matou a universitária com tiros na cabeça e nas costas. Nadja também levou quatro tiros, no rosto, ombro e abdômen, mas conseguiu sobreviver.
A comerciária se arrastou até a beira da estrada, onde foi socorrida e levada para o Hospital Geral de Camaçari, e depois para o Hospital Geral do Estado, em Salvador. A delegada Emília Blanco, encarregada das investigações, disse que vai aguardar a recuperação do trauma emocional sofrido pela comerciária para colher o seu depoimento. Foi a primeira vez que a polícia baiana registrou um assassinato no qual os criminosos utilizaram a internet para chegar até a vítima.