Um ano

Dezoito de junho de 2002. Estou perdido nesta ilha há 369 dias, um ano e quatro dias, desde que, no meio de uma entediante cobertura de Copa do Mundo, fui tragado para cá. E posso dizer que tenho passado esse tempo todo bem acompanhado. Afinal, já passaram por aqui mais de 38 mil náufragos. Para ser mais exato, 38.576 registrados neste momento em que digito estas mal escritas. A contagem vale desde 8 de julho, quando instalei uma roleta pelo NedStat. Todos vindos dos quatro cantos do planeta, de 75 países. De Portugal a Macau, do Chipre à Eslovênia, país de onde chegou o primeiro gringo.

Muita baixaria já rolou e mais ainda há de passar por aqui, como a inacreditável e fantástica festa da Giovanna, na FGV paulista, imortalizada sobretudo pelos boquetes da Sílvia, naquele cafofo com filmadora. Só naquela época, o pico aqui foi de 1.178 visitantes, no dia 21 de setembro. E fico impressionado com o número de gente que vem parar aqui e ainda se dá o trabalho de comentar o que escrevo, elogiando e detonando. No início, era um vício. Agora, só quando acho que tem algo que valha a pena ser comentado.

E sobre o velho Robinson, o cara continua sumido, mas em breve teremos notícias dele, que, para minha surpresa, já andou até pela Bahia, quem diria. Estou lendo o livro e, em um mês, vou criar um link aqui pra quem tem vindo aqui em busca da história, escrita há mais de 300 anos. E aos que ainda perdem o tempo lendo o que este doido escreve, meus agradecimentos e voltem (muitas) outras vezes.