Chumbo grosso no céu
Morreu anteontem um dos maiores dedos nervosos da história do cinema. Charles Bronson partiu desta pra melhor aos 81 anos. Para os desinformados, Bronson interpretou o lendário Paul Kersey numa das melhores séries da telona: "Desejo de matar".
Foram quatro filmes em que o pacato arquiteto Paul Kersey despacha pros quintos do inferno metade da bandidagem de Nova York. A série começou em 1974, quando a mulher de Kersey é assassinada. Como a polícia não fazia nada, ele tratou de resolver a parada com um três oitão. No segundo, a filha é estuprada e morre ao fugir dos bandidos, pulando de uma janela para virar paliteiro ao se estabacar numa grade de lanças. Novamente, lá vai ele acertas as contas com a malandragem. Depois, é a vez de caçar os matadores da namorada. E por último, tava de bobeira e deu fim aos traficantes de crack de NY. Melhor que Paul Kersey só mesmo Dirty Harry, de Clint Eastwood.
Bronson como gostaria de ser enterrado: RIP
O velho Bronson atuou ainda em alguns dos maiores faroestes do cinema, como "Era uma vez no Oeste", de Sergio Leone, "Os doze condenados", de Robert Aldrich, e "Sete homens e um destino", com um dos melhores elencos já reunidos no cinema: ele, Yul Brynner, Steve McQueen, Robert Vaughn e James Coburn encabeçando o filme. De quebra, ainda ganhou o Globo de Ouro por "O passageiro da chuva", em 1970.
Brynner, McQueen, Horst Buchholz, Bronson (blusa azul), Vaughn, Brad Dexter e Coburn: chapa quente no Velho Oeste