Rio 40 graus. De novo...
O guarda municipal Marco Aurélio Ferreira dos Santos, de 32 anos, teve morte cerebral ontem à tarde durante um patrulhamento de rotina pela Presidente Vargas, no Centro, quando viram uma concentração de camelôs na Rua dos Andradas. Ao se aproximar do grupo, o guarda foi atingido por dois tiros na cabeça à queima-roupa. O segundo guarda ferido não foi atingido por um tiro. Ele cortou a mão ao se refugiar numa mercearia em frente ao local dos disparos.
Estava comentando isso outro dia: daqui a pouco, esses camelôs estarão armados e o Centro vai virar uma praça de guerra. Não deu outra. Apóio os camelôs, CDs piratas (tiram cem empregos da indústria, que é automatizada, e garantem o pão de centenas de famílias) e tudo o mais. Se não há emprego, o cara tem que sobreviver. Mas esses que andam armados são bandidos financiados pelo tráfico, que perde dinheiro com as investidas da polícia nas favelas. Daqui a pouco será mais seguro andar numa favela do que pelas ruas do Centro. Ao menor sinal de conflito, um maluco desses pode atirar num guarda e atingir um inocente será um risco enorme no meio da multidão.