439 anos de felicidade

Um bolo de aniversário, um cara de braços abertos com o céu azul ao fundo, alguns sujeitos pulando com uma camisa listrada vermelha e preta (um deles um negão meio banguela), outro punhado de gente subindo e descendo o morro se virando como pode pra viver e pra sobreviver aos ataques da economia e dos traficantes, uma galera deslizando do subúrbio ao Centro dentro de vagões apinhados de gente e outro tanto vindo por baixo da terra, das terras do antigo engenho velho, no fresquinho, uma garotada dourada na praia e uma terra banhada mansamente por uma imensidão atlântica e refrescada por uma mata verdejante. E tem sido assim há 439 anos. Que continue assim por outro tanto.