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Robinson Crusoé`s Island

Frase de garrafa:
Zico é meu guia e nada me faltará!
Sabedoria rubro-negra

Maria Thereza Goulart: 40 anos depois




Agora que já passou a onda dos 40 anos do Golpe de 1964, acho que posso dar um pitaco diferente aqui em cima de uma matéria interessante da revista TPM, aquela pra mulherzinha. Não, não sou leitor dela, mas a sacada delas foi genial: entrevistaram Maria Thereza Goulart, uma das mulheres mais lindas que o Brasil já teve, a melhor das primeiras-damas e, talvez, tão bonita quanto Jackeline Kennedy. Foi uma jogada diferente que não vi nos outros jornais, abrir espaço para a companheira de vida do presidente João Goulart. O link para a matéria da TPM é este aqui.

Conto de fadas: Maria Thereza tinha 18 anos quando se casou com João Goulart, na época candidato a vice-presidente de Juscelino Kubitschek. Filha de fazendeiros do Rio Grande do Sul, saiu de casa aos 8 anos para estudar num colégio interno para moças da elite de Porto Alegre. Aos 12 anos, conheceu Leonel Brizola. Aos 13, Jango. Sua festa de 15 anos foi celebrada na casa de um dos irmãos de Getúlio Vargas. Quando o marido assumiu a presidência, depois da renúncia de Jânio Quadros, tinha 24 anos. Nos quase três anos em que foi primeira-dama, encantou o mundo pela beleza e elegância. Era apontada por toda a imprensa como uma versão tropical de Jacqueline Kennedy. Conheceu Che Guevara, Richard Nixon e testemunhou o príncipe Philip, da Inglaterra, cometer uma gafe. Recebeu uma carta elogiosa de Frank Sinatra, ouviu uma cantada impublicável do marechal Tito, presidente da Iugoslávia, e estava ao lado do marido no célebre comício da Central do Brasil, no Rio, em 13 de março de 1964 — para muitos o estopim do golpe militar.





Inferno de Dante : dezoito dias depois do comício carioca, teve que sair fugida de Brasília com os dois filhos pequenos [João Vicente e Denise, hoje com 47 e 45 anos] , deixando para trás roupas, móveis e até sua foto com Che Guevara que adornava uma das paredes da Granja do Torto, chácara presidencial, que ela havia adotado como residência oficial, porque achava o Palácio da Alvorada “um aquário”. Nos 12 anos em que viveu no exílio entre Uruguai e Argentina, viu os amigos abandonarem Jango, contadores dilapidarem o patrimônio da família e ficou presa três dias ao tentar cruzar a fronteira. Pior: estava ao lado do marido quando ele teve um infarte fulminante e até hoje tem de lidar com boatos que a acusam de ter participado de um complô para assassiná-lo – supostamente liderado por militares e pelo governo americano.



Robinson Crusoé's Island©2002, All rights reserved. Se você chegou até aqui, sabe-se lá como, seja bem-vindo à minha ilhota perdida no meio deste oceano cibernáutico chamado internet.

Sou carioca, jornalista, flamenguista e meio maluco das idéias. O Robinson Crusoé não está no momento. Foi passear com o Sexta-Feira e não voltou ainda. Achei meio esquisito, mas achei melhor perguntar nada... Aqui, você verá de tudo: futebol, política, atualidades, sacanagem e, sobretudo, etc. Aproveite sua estada e volte sempre! Au revoir!