A culpa agora é do camelô
Li hoje no Globo alguns analistas econômicos dando o seu palpite para o país aumentar a sua produção. Em pauta, um estudo elaborado pela consultoria McKinsey, encomendado pelo Instituto de Ética Empresarial. Pois bem. Os doutos economistas defendem o combate à informalidade (camelôs e produtos piratas) como maneira de alavancar a economia nacional e aumentar o PIB em 1,5%.
Fala sério! Neguinho fecha os olhos para o básico, que qualquer criança aprende na escola, que é o incremento da infraestrutura, e vem dizer que são os camelôs os vilões da história? E os impostos de que eles tanto reclamam, que barateariam os produtos e a mão-de-obra, aumentaria a oferta de empregos e, conseqüentemente, a circulação de dinheiro na praça? Milhares de pessoas vivem disso. O IBGE mostra que mais da metade da população vive na informalidade.
É muita contradição um instituto que se diz de ética, no caso a deles!, defender retirar o pão de cada dia de um fodido para garantir o caviar do engravatado. Além disso, um CD custa um absurdo. Sou mais um pirata de R$ 3 do que um original de R$ 30. E há um bandido a menos nas ruas porque ganha o seu dinheirinho numa boa. E por que diabos a besta do editor não mandou o repórter ouvir os consumidores?