700 textos e feliz ano novo!

Este é o 700ª vez que escrevo aqui na ilha. Aliás, feliz ano novo para os náufragos que, após o carnaval, finalmente podem reiniciar suas atividades. Mas, como nem tudo é perfeito, têm que aturar aquele bando de tias, bicheiros e vagabundos péla saco se esgoelando hoje na apuração das escolas de samba. Que se fodam todos! Odeio esses filhos da puta todos! Na boa, esse carnaval deles é pra gringo ver porque a verdadeira festa está nas ruas, nos blocos populares. Enquanto a prefeitura paga uma baba de milhões para esses bandidos que comandam os barracões, grupos como o Cordão do Bola Preta, Bafo da Onça e Cacique de Ramos ficam à míngua. Enquanto a Mangueira nem sonhava em desfilar, o Bola Preta já embalava as ruas da cidade há mais de 90 anos.

Neguinho deixa de comer pra ir ao Sambódromo, pra sentar a bunda naquela arquibancada dura, pra pegar chuiva e pra pagar caro pra cacete pra comer e beber. Sem falar no perrengue que é pra chegar lá. Muito melhor ir pra Rio Branco, ver as fantasias e se divertir pagando quase nada pra comer. E pra piorar, o Rio vira uma latrina nestes dias. Um bando de viado que não sabe segurar a vontade de mijar e faz em qualquer canto. E o nosso alcaide que nem pra coçar o bolso e espalhar uns milhares de banheiro químicos por aí. Era o mínimo que poderia fazer. Ou será que acham que é legal as mulheres terem que se sujeitar a fazer barreirinha pra fazer xixi atrás de um carro?

Ok, trabalhei no carnaval, mas foda-se. Se não sabem fazer a coisa direito, que não façam. E que usem 10%, que já basta, para os blocos porque eles merecem.